PCP explica voto contra o Protocolo de Cooperação entre Município de Torres Vedras e Centro Hospitalar do Oeste


Na Assembleia Municipal Extraordinária realizada na passada semana, o Partido Comunista Português posicionou-se contra o Protocolo de Cooperação apresentado pelo Executivo da Câmara Municipal de Torres Vedras. 

Nas palavras de Teresa Oliveira, eleita pelo PCP, “votamos contra o Protocolo de Cooperação porque entendemos que este protocolo, sendo de cooperação entre o Município de Torres Vedras e o Centro Hospitalar do Oeste, acabou por ficar “vazio”, não trazendo nenhuma mais-valia para os torrienses. No que se refere às obrigações das partes, relativa ao Centro Hospitalar do Oeste, não se verifica nenhuma competência que naturalmente não lhe esteja associada, com ou sem protocolo; contudo, na mesma cláusula, relativa ao Município de Torres Vedras, e tal como o senhor presidente Carlos Bernardes acabou de referir que não são competências da Câmara Municipal, os compromissos que assume, embora se possa considerar ser boas intenções, são compromissos tomados avulso, que não resolvem os problemas do Serviço Nacional de Saúde. Consideramos que estes compromissos são, de um modo encapuçado, o início de uma descentralização da saúde, descentralização essa que vai descaracterizar e enfraquecer o Serviço Nacional de Saúde.”

Para o PCP, é importante sublinhar que o Serviço Nacional de Saúde continua a salvar pessoas todos os dias. Ninguém em Portugal pode dizer que tem medo de ficar na bancarrota para ser tratado em caso de doença. Em Portugal nem sempre foi assim, passou a ser assim porque há um Serviço Nacional de Saúde.  

Para os eleitos do PCP na Assembleia Municipal, “há que otimizar o Serviço Nacional de Saúde. O que o governo não pode fazer é desinvestir no SNS ao mesmo tempo que aparecem (como cogumelos) os hospitais privados e outros serviços de saúde privados para onde são canalizados, por diferentes vias, dinheiros públicos, dinheiro do contribuinte e cujos donos, aproveitando e exagerando as falhas do SNS, criam turbulência na opinião pública de modo a levar a que as pessoas pensem que o privado é que é bom.”



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